Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, o America (sem acento) Football Club. Foi grande. Criou. Inovou. Venceu. O America tinha lideranças que o levaram a conquistas históricas, nos "tempos românticos" do futebol. Os fundadores, Belfort Duarte e Placido Monsores entre outros, são sempre lembrados.
Com o Vasco e no "clássico da paz" unificou o futebol carioca na década de 30.
Na década de 40, tornou-se (pelas mãos do cartunista Argentino Molas) o "Diabo" do futebol Carioca. Assustava e era temido. São 7 tÃtulos cariocas. Participações no Rio-São Paulo, Taça de Prata, Robertão.
Entre os 40 jogadores do Tri Mundial no México em 1970, 3 eram do America: O zagueiro Alex, o lateral esquerdo Zé Carlos e o meia Edu. Fizeram parte das "feras do Saldanha" (João Saldanha, o Treinador que classificou o Brasil para a copa e depois, foi substituÃdo por Zagallo).
De 1971 até 1986, participou do Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão.
Em 1987, o golpe: Mesmo como 3º colocado no ano anterior, foi "rebaixado" (pelo "clube dos treze") da 1ª Divisão Nacional em 1987. Em 1988 e "em cima da hora" foi trazido "de volta". Sem planejamento, "caiu" dentro de campo. Para nunca mais voltar. Mesmo assim, ocupa em 2012 a 45ª posição (com 478 pontos) no Ranking Oficial de Clubes da CBF. Não é pouco. Está (ainda) a frente de clubes como Atlético Goianiense, ABC, Brasiliense, Caxias-RS, etc...
Aliado ao "descaso" dos demais "irmãos grandes" a politica interna do America já o vinha matando lentamente. Grupelhos "brigando" eternamente pelo poder. Quem o conquistava, era atacado sistematicamente por quem o desejava: era a eterna prática do "quanto pior! melhor". Pobre America.
"Cada vez mais Ameriquinha" foi o tÃtulo de uma reportagem do Jornalista e "Americanissimo" José Trajano para a Revista Placar em 1972. A frase continua "atualÃssima".
Na década de 80 e sem lideranças que o mantivessem no rumo vencedor do passado, o America [que já tinha destruÃdo seu belo estádio na Rua Campos Salles para 25.000 pessoas(inaugurado em 1954) para "construir" sua nova sede social], vendeu o Estádio Wolney Braune (hoje Shopping Iguatemi) no AndaraÃ.
O futebol Americano ( a letra F da sigla AFC) ficou pária. Rodou por diversos estádios e inclusive, foi para Niterói (Estádio Caio Martins). Somente em 2000 e inclusive com a "venda" de sua participação no Iguatemi, o America "inaugurou" seu Estádio em Edson Passos (distrito de Mesquita) na Baixada Fluminense. O Clube Carioca e Tijucano "atirou" em seu pé mais uma vez. Fugiu de suas origens e de sua torcida. Passou a "tentar" recriar-se na baixada. Com isso, o processo de morte do America só ganhou força.
Em 2008, um tiro no "coração do Diabo": Foi rebaixado para a 2ª Divisão Estadual. Voltou em 2010 e "caiu" novamente em 2011. O futebol do America agoniza. Pede socorro. Faltam lideranças, dizem alguns. Falta profissionalismo, dizem outros.
Para o ex-zagueiro Alex (eleito para a seleção do centenário do clube em 2004), Ãdolo e exemplo de amor ao clube, a solução é simples. " É só seguir o hino do clube que diz .. fabricamos aos montes aos dez.... O America sempre foi bem revelando jogadores. Com seu futebol de base forte, o clube vendia revelações, fazia caixa e montava bons times. Não existe outro caminho para o clube, fora este. Qual a última revelação do America? Quanto o clube ganhou?".
A sofrida e amargurada, mas fiel e apaixonada Torcida Americana, resiste. Acredita que "tudo pode mudar". A partir da união (como diz seu hino ao final .. America unidos vencerás...) de todos os Americanos.
Por enquanto, é esperar. Apreciando um 'grão' (no link do jovem Americano Gabriel Sawaf de Curitiba) de um America grande, cada vez mais distante:
Veja no link:
http://www.youtube.com/watch?v=d03kUVnao4M&feature=related
Alex e Silvio: "Base forte, America forte". |
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